Princesa jovem, cheia de vida, pele macia, ilíaco á mostra. Em outro momento, em
outra vida minha amada Isabel. Sentado relaxado, o
corpo solto, as pernas estendidas
e abertas, quase caindo da poltrona, eu não percebi quando ela,
tão jovem e bonita, silenciosamente
pulou sobre mim. Ela encaixou seu corpo esbelto e quente sobre o
meu entrelaçando suas pernas nas minhas. Comprimindo
e movendo seu corpo ativou meu centro de prazer tão rapidamente que a razão sumiu perdida no ar e esquecendo da minha condição só vi
a imagem de uma mulher doce e ardente, companheira de outra vida perdida no tempo e no espaço. Envolvi seu corpo com meus braços e encostei meus lábios nos
dela. O cheiro doce do seu corpo
florido invadiu a minha mente e o brilho de
seus olhos pareciam dizer "me
ama". Então, neste
dia, ignorando a razão, eu a fiz
"mulher" ...
28 de abril de 2014
18 de abril de 2014
11 de abril de 2014
7 de abril de 2014
4 de abril de 2014
De tudo fica um pouco
Hoje mais do
que ontem sua imagem me vem à mente e a lembrança dos dias e meses que se sucederam
sem ela esmaga e corrói o meu coração ao descobrir o verdadeiro motivo de sua
partida para os braços de Deus. Fiquei ainda mais triste, mais fechado e tudo
que esta à minha volta sente os efeitos do meu sofrimento. Não consigo separar
meu sofrimento da amizade, do carinho e dos sentimentos das pessoas que eu
gosto, por isso acabo as magoando.
Não consigo compreender como é que puderam
fazer isso com ela, sendo tão frágil e tão jovem. Fiquei descrente de tudo que
acreditava e agora que sei a verdade, o pouco que restou em mim,quando ela partiu,
apagou-se. Talvez se eu tivesse a compreensão daqueles a quem amo tudo poderia
ser mais fácil.
Por noites e
noites, da janela do meu quarto, na madrugada, olho para as estrelas brilhando
no céu e o perfume da noite invadindo meu ser eu vejo, como numa tela de cinema,
todos os nossos sonhos e desejos do passado, mas que ao amanhecer, quando os
primeiros raios de luz surgem no horizonte, se desfazem um a um e eu me perco
na claridade do dia.
Já passaram
seis anos desde o dia que o meu maior sonho se perdeu na onda mortífera do que se
pode dizer: um dia de setembro. Ainda posso recordar com precisão o primeiro
dia que a conheci. Vinha ela, caminhando em minha direção, muito bonita com uma
das mãos no bolso da calça e um lindo sorriso nos lábios. Apaixonei-me à
primeira vista pelo seu sorriso, seu jeito de criança, seus cabelos e pele
dourados brilhando ao sol e finalmente sua voz suave. Pouca coisa dissemos, pois
nossos olhares disseram tudo. Apesar de muito jovens apenas seis meses foi
preciso para o nosso amor ficar sério e pela nossa felicidade ficamos noivos. Seguiram-se
momentos de alegria e felicidade.
Hoje é tão
agradável fechar os olhos e, ao som de uma música suave, recordar todos aqueles
momentos felizes que passei com ela. Mas quando a música acaba tudo fica triste
como a felicidade que acabou.
Naquele dia de
setembro recebi a notícia que minha alma gêmea havia partido para sempre. Na
última vez que nos encontramos não houve adeus, pois tornaríamos a nos ver.
Para mim foi como se o mundo houvesse acabado. Meu corpo ainda está vivo, mas
minha alma morreu com ela.
Disseram que foi
atropelada, mas meses depois descobri que na verdade ela tinha sido violentada
e espancada até a morte. Meu mundo tornou-se mais triste, mais fechado. Tornei-me
muito tímido e antissocial, nada mais importa. Nunca descobriram quem foi o
monstro que a matou, por isso minha vida segue incompleta. Não tem ninguém nem
nada que me faça ter vontade de viver. Não pretendo por fim a minha vida. Não foi minhas mãos que me trouxe à vida nem
serão elas que me fará deixá-la. Sem metas e ninguém por quem lutar, não sei o que
será de mim. Só sei que jamais esquecerei, pois da alegria e da tristeza, da
felicidade e do sofrimento, do sorriso e do pranto, de tudo fica um pouco.
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